Obras de revitalização dos ribeirões geram debate sobre impactos ambientais em Pedro Leopoldo
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As obras de revitalização dos ribeirões da Mata e das Neves, em Pedro Leopoldo, foram tema de debate na reunião da Câmara Municipal realizada na última segunda-feira (6). O vereador Gael Silveira manifestou preocupação com os possíveis impactos ambientais das intervenções e pediu mais transparência no processo.
Durante seu pronunciamento, o parlamentar relatou que recebeu vídeos e denúncias de moradores mostrando animais silvestres fugindo da área das obras e suposta retirada de vegetação nativa.
“Eu recebi vídeo de animal fugindo com medo de trator. A gente fala da Amazônia, mas está acontecendo algo preocupante aqui também”, afirmou Gael.
O vereador questionou a ausência de acompanhamento técnico desde o início das atividades e o fato de o Conselho Municipal de Meio Ambiente não ter tido acesso completo aos projetos e laudos antes da liberação de recursos.
Entre as preocupações apresentadas estão o risco de deslizamentos, devido à retirada de mata ciliar em período de chuvas, e a necessidade de um plano de recomposição das áreas afetadas. O vereador formalizou um requerimento à Prefeitura pedindo esclarecimentos e acompanhamento técnico constante.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o prefeito de Pedro Leopoldo afirmou que as obras seguem um cronograma técnico dividido em três etapas: desassoreamento, limpeza das margens e revitalização com recomposição da vegetação.
“Estamos acompanhando com total responsabilidade. A terceira etapa prevê o plantio de árvores de médio porte e o acompanhamento de um biólogo especialista em fauna”, destacou o prefeito.
Em nota oficial, a Prefeitura de Pedro Leopoldo informou que a equipe técnica conta com veterinários, biólogos, geógrafos e engenheiros ambientais. Segundo o comunicado, a retirada de vegetação se restringiu a espécies invasoras, e o replantio de espécies nativas será iniciado na próxima semana.
“A Prefeitura está contratando uma bióloga para realizar o controle da fauna e acompanhar o replantio da vegetação nativa nas margens do ribeirão”, diz a nota.
As obras, que começaram há cerca de 15 dias, têm previsão de conclusão em 60 dias. A PLFM seguirá acompanhando o andamento e os desdobramentos do caso.